Archive for agosto, 2012


Fotografia: Concurso viajante da National Geografic 2012

Foram anunciados dia 16/08/2012  os 11 trabalhos vencedores do 24° concurso anual de fotografias entre os viajantes da National Geographic Traveler 2012, as conhecidas “Fotos de Viagem”. O concurso teve participação de 6.615 fotógrafos de 152 países, que apresentaram 12.000 fotos, com as seguintes categorias: Momentos espontâneos, Retratos de Viagem, Cenários Exteriores, Sentido do Lugar.

 

1 – Olhando dentro de um outro Mundo, por Fred Aisne. Vencedor por mérito. “Esta é a grande árvore de Carvalho Japonês, no Portland Japenese Gardens. Tentei trazer uma perspectiva diferente desta árvore, freqüentemente fotografada.”

 

 

2 – Borboleta, fotógrafo Cedric Huin, ganhou o primeiro lugar com essa fotografia. “Esta imagem foi feita nas terras do Quirguistão do Corredor Wakhan. A intimidade deste momento com a vida cotidiana, fotografada dentro de uma tenda familiar, está em contraste total com o ambiente hostil que essas tribos nômades vivem. Essas tribos vivem isoladas, as vilas mais próximas estão a semanas de caminhada. Apesar de estar localizada a uma altitude de 4.300 metros em uma das áreas mais remotas do Afeganistão, estão equipados com painéis solares, antenas parabólicas e celulares. Formas ancestrais de vida, com toques de modernidade.”

Alexandra Avakian: “A luz e textura capturada neste retrato são pintura, e a predominância da cor vermelha é rica. O conteúdo da foto é surpreendente porque o fotógrafo capturou tanto a forma como nômades de vida tradicional e alguns de seus modernos apetrechos, o espectador fica com a satisfação visual de algo que vai contra o clichê. Formas triangulares tendem a adicionar dinamismo para fotos. Nesta foto aparecem em vários lugares, incluindo o joelho do assunto principal, o cotovelo, e um lenço branco.

Eu dormia na tenda convidado do nômades quirguistãos nas montanhas remotas enquanto em missão para a revista Elle; o local é de difícil acesso e fora do caminho batido para a maioria dos viajantes, e, portanto, de valor educativo, bem como estética.”

 

 

3 – Surf submarino. Trabalho da fotógrafa Lucia Griggi, a qual possui um grande acervo de fotos do mar e de surfistas. Vencedora por mérito. “Foto tirada em Cloud Break em um recife exterior de Fiji, o surfista mrgulha com sua prancha para furar as ondas do mar agitado”.

 

 

4 – Meu Balão. Obra do fotógrafo Vo Anh Kiet. Vencedor do segundo lugar. “As crianças Hmong brincam com balões em um dia de neblina na província de Mos Chau Ha Giang, Vietnã. A foto foi tirada em janeiro de 2012”.

A fotógrafa Alexandra Avakian, uma das juradas, compartilhou seus pensamentos sobre o vencedor do Segundo lugar. ”A fotografia é como um sonho, e é atemporal não só porque é preto e branco e não há modernidade, mas também porque isso esquematiza uma atividade que as crianças de todo lugar do planeta fazem com balões. A névoa e o fundo ameno fazem isso parecer como uma memória. É tão bom quanto as fotografias no álbum seminal de fotos preto e branco, “The Family of Man”. Às vezes as melhores cenas para se filmar não estão em lugares óbvios pra viajantes mas para serem encontradas em qualquer lugar distante – tanto quanto Hmong Village”.

 

 

5 – A Vila de Gásadalur. Obra do fotógrafo Ken Bower. Vencedor por mérito. “A vila de Gásadalur e a ilha de Mykines no fundo. Até que um túnel fosse construído em 2004, os 16 moradores que viviam em Gásadalur tinham uma caminhada árdua ou a cavalo sobre a montanha íngreme de 400 metros para chegar a qualquer outra aldeia.”
“A aldeia e a ilha Gasadalur Michines em segundo plano. Foi um raro dia de sol nas Ilhas Faroe, e eu tive que esperar as nuvens de luz para criar uma aparência suave. Eu usei uma velocidade lenta do obturador para 1 minuto e 10 segundos para mostrar o mar calmo das ilhas isoladas “.

 

 

 

6 – Felicidade de Bagan. Autoria do fotógrafo Peter DeMarco. Vencedor por mérito. “Mais de 2.000 templos budistas preenchem as planícies de Bagan. A melhor maneira de ver Bagan, além de um passeio em um balão de ar quente, é de bicicleta. É fácil sair do caminho batido e viver a sua mais selvagem fantasia no estilo Indiana Jones.”

 

 

 

7 – Velhos com Djellaba, Foto de SauKhiang Chau. Vencedor por mérito. “A Última Ceia de Da Vinci? Não, são apenas alguns velhos de Chefchaouen com djellaba, sentados e conversando.”

 

 

8 – Nadando na chuva, foto de Camila Massu. Vencedora por mérito. “Minha irmã no sul do Chile. Estávamos sentadas em casa, junto à lareira, quando de repente começou a chover torrencialmente. Corremos para dentro do lago para aproveitar o momento!”

 

 

 

9 – Perdida no tempo – Uma floresta anciã, foto de Ken Thorne. Vencedor por mérito. “Perto da cidade de Morondava, na costa ocidental de Madagáscar, encontra-se uma antiga floresta de árvores de baobá. Não há nada como caminhar entre esses gigantes. Algumas das árvores aqui possuem mais de mil anos de idade. É um lugar espiritual, quase mágico.”

 

 

 

10 – Devotos, por Andrea Guarneri.Vencedor do terceiro lugar. “Durante a celebração de Páscoa, em Trapani. Os devotos carregam as cenas da paixão de Cristo em seus ombros toda a noite.”

A fotógrafa Alexandra Avakian, uma das juradas, compartilhou seus pensamentos sobre o vencedor do terceiro lugar:  ”

A luz sobre o ícone de Jesus é tão crítico para o sucesso da imagem como as variadas expressões nos rostos dos homens depois de uma noite cansativa carregando estátuas representando a Paixão de Cristo. Reconhecendo quando e como equilibrar os diferentes tipos de luz na mesma foto é algo que pode fazer a diferença entre uma imagem enlameada e desinteressante e que é bom, estética, e cheio de conteúdo. Esta foto foi tirada no porto na cidade de pesca de atum de Trapani, Sicília, uma terra conhecida por suas procissões religiosas. O fotógrafo estava trabalhando de madrugada para levar esse tiro, muitas vezes uma necessidade em qualquer cobertura de um lugar e / ou evento.”

 

 

 

11 – Vencedor pelo voto do público, por Michelle Schantz. “A casa é iluminada pelas Luzes do Norte em Finmmark, na Noruega.”

Delicatessen

Título Original:  Delicatessen

País:  França

Ano:  1991

Duração:  99 minutos

Gêneros:  Comédia, Fantasia, Romance

Direção:  Jean-Pierre Jeunet, Marc Caro

Roteiro:  Gilles Adrien, Jean-Pierre Jeunet, Marc Caro

Elenco:

Dominique Pinon
Marie-Laure Dougnac
Jean-Claude Dreyfus

Formato:  RMVB

Tamanho:  320 MB

Legendado: Português

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Comentário:

Cheio de hibridismos de gênero, Jeunet consegue estabelecer enlaces de uma produção romântica com mistérios, passando através de uma cena dramática, para uma cômica sutilmente, o que dá ao humor negro criado pelo Diretor uma empatia pelos telespectadores.

Muitos até mesmo nem chegam a perceber o humor negro, pela naturalidade como narra os fatos e as progressões narrativas parecerem rotineiras. Completamente diferente de A arte do pensamento negativo, Delicatessen não ridiculariza os acontecimentos mórbidos que ocorrem com os personagens, parece-me propor várias reflexões sobre a vida, tornando mais digerível e até uma experiência agradável (como fora para mim).

A premissa da ideia geral da história, segundo minha interpretação, foi baseada nos moradores serem mutáveis. São desgraçados “por natureza” devido à situação que vivem; ao prédio que vivem; e à sociedade que vivem. É praticamente um “Naturalismo Cinematográfico”, porque os morados viviam e pagavam impostos ao Dono do prédio que continha uma Delicatessen em seu primeiro andar. Em troca, as pessoas pediam três refeições. Mas como acontecera uma crise na época (parece remeter uma das grandes guerras, apesar da sinopse contextualizar em um futuro apocalíptico), os personagens que eram “boas” transformaram-se devido ao momento em que viviam. Como não tinham dinheiro para pagar a carne, o açougueiro aceitava alimentos e outras ofertas (sexuais, por exemplo). Por não ter dinheiro para comprar carne, passou a matar diversas pessoas, e vendê-las como se fossem carne de animal. Os moradores de seu prédio conheciam este fato e acolheram sem intervenções. Inclusive ajudando muitas vezes o açougueiro em seu pesado trabalho, como o genro, que aceita que a sogra seja a próxima vítima, e ainda auxilia cuidando de uma armadilha, para a velha cair e parecer ter morrido pela queda.

Por causa desses acontecimentos temos o psicofisiologismo, que é a imagem desses personagens como demonstração de suas ações. Ou seja, não sabemos quais são os pensamentos do açougueiro ou da Madame que dorme com ele por comida. Entretanto, como suas aparências são nos mostradas como depreciativas, vemos que a psique destas mesmas também é. Isso porque a imagem revelou o interior das personagens. Notemos quando tem uma fila, no início do filme, com umas 5 pessoas na fila, esperando para ser atendido, uma delas é a Madame. Ele a atende primeiro, deixando claro o seu interesse por ela. E depois, quando esta sai, observa seu andar e seu corpo como se fosse um animal, um porco!

Sem necessidade de falas ou subentendidos, Jeunet expõe o que os personagens são com sequências curtas e muito fáceis de entender, é a vida real. Assim também fazia o Mestre Hitchcock, que só utilizava do diálogo somente quando não havia recurso para reproduzir o que se pretendia, logo não havia narradores-personagens para demonstrar todas as suas ideias como em Clube da Luta. A intenção era reproduzir uma obra puramente através da imagem.

O mistério e medo surgem quando um palhaço, Louison, que está desempregado. As personagens, por causa de sua transformação, devido à crise, são mal-humoradas e antipáticas com o novo morador que desconhece da artimanha canibal, exceto duas crianças e Julie, a filha do Açougueiro, o tratam bem. Logo o açougueiro vê que este trabalha direito para pagar a pensão, então o deixa em paz… Por algum tempo. É quando percebe o seu envolvimento com a sua filha que se choca, e ela implora para mantê-lo vivo por mais algum tempo. Quebrando com o clima de inocência que tínhamos da moça, além de entendermos que ela “assisti tudo e não faz nada”, o pai diz que não é a primeira vez que ela pede para ele deixar de matar algum rapaz.

Mesmo que Julie se irrite e compartilhe com Louison seus temores, este parece muitas vezes no meio da obra dizendo: “No fundo são pessoas boas”. Ele prefere ignorar o caráter daquelas pessoas (individualista) ou ainda, crer que os motivos delas para fazerem isso são muito fortes (romântico). Acho que são estas as maiores partes do humor negro, em meio a tantas atrocidades, o protagonista dizer simplesmente que está tudo bem. Acredito que, devido a esta visão fantasiosa, que a fotografia do filme apareça tão saturada e viva, por Louison querer distorcer as certas coisas devido aos contrastes e ao fantástico, igual ao circo. Isso é nítido nas horas que começa a compor música com serra, com o pincel, com os sons humanos dos vizinhos. É uma fotografia magnífica, que inclusive me remete à lomografia e ao em O Fabuloso Destino de Amélie Poulain.

É muito agradável perceber estas ideias nos filmes de Jeunet. Encontramos muitos símbolos minuciosos, que nem consegui escrever sobre ele de tão fascinada que fiquei, além do que, não tive tempo. Parece que Amélie é um filme romântico, e o Delicatessen um naturalista, qual será o estilo do próximo filme que verei de Jeunet?

NOTA IMDB

Toki wo Kakeru Shoujo

Título Original: Toki wo Kakeru Shoujo

País:  Japão

Ano:  2006

Duração:  98 minutos

Gêneros:  Ficção Científica, Animação, Romance, Comédia, Drama

Direção: Mamoru Hosoda

Roteiro:  Satoko Okudera, Yasutaka Tsutsui

Formato:  AVI

Tamanho:  700 MB

Legendado: Português

Sinopse:

A animação baseada em mangá de sucesso voltado para o público juvenil aborda o cotidiano de uma colegial que sofre um acidente numa linha de trem e percebe que tem um dom sobrenatural de transitar pelo tempo.

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Comentário:

Pessoas, prédios, carros, casas, bicicletas, raios de sol e sombras, animais, família, livros, roupas, nomes, números, músicas, bolas, som de cigarras… Caos. A vida e todos os minuciosos detalhes que tem. Retratados como se fossem um dos animes de Miyazaki, mas esta história só tem esta influência com o grande desenhista japonês.

Chego a me perguntar muitas e muitas vezes se o que vivo é real ou um sonho. Quando me deparo com obras belas, singulares e ficcionais, acredito que tudo é possível, porque é essa a ideia da história bem contada. E do talento e esforço para se contar uma boa história. O coração das pessoas se enche de esperanças ao deparar com tais histórias surpreendentemente irreais que parecem ter ocorrido. A emoção que Makoto exprime no anime é muito grande, e comparável à de uma pessoa na vida real. Mesmo a sua aparência, criado por Yoshiyuki Sadamoto, sendo bem simplista e as emoções bem marcadas. Mas todos estes detalhes não são apenas para preencher a animação como uma forma de mostrar o talento do Estúdio e do desenhista, pois só tem a favorecer a história, mostrando o contexto atual.

Poderia parecer clichê o fato de suas ações aparentemente inocentes cobrarem um preço alto em outras pessoas, mas o fato de Makoto não “ir para o lado negro da força”, dá a nós uma afinidade com a protagonista, querendo que ela não se dê mal, pois vemos sua inocência. Em vez de fazer coisas para si mesma, resolve ajudar o amigo enxergar a menina que gosta dele, repete inúmeras vezes cenas que foram, para ela, especiais e únicas.

Talvez se tivéssemos esse poder, também preferiríamos querer reviver certas ocasiões de nossa vida do que hoje, porque agora estamos pensando no que faríamos. Porém ninguém sabe o que pode acontecer quando se tem um poder na palma da mão, será que refletiríamos? Mas saber de antemão o que irá acontecer no futuro acaba com as surpresas da vida e a naturalidade dos relacionamentos.

O ambiente do filme nos remete a “Whisper of the heart”, do estúdio Ghibli. Mas o Estúdio Madhouse tem muita qualidade em seus animes seriados, dentre eles estão HunterXHunter, Death Note e Devil May Cry.

mas nada é feito com ostentação, tudo funciona a favor da história e da ambientação. Certas cenas do “mundo parado”, em especial, são pura poesia, chegando a arrepiar de tão belas.

Makoto é independente, ativa e destemida. Trata seus amigos, Kousuke e Chiaki, de igual para igual, jogando beisebol com eles como se fosse um garoto, além de ser estabanada, e ao mesmo tempo é sensual e fofa. Não usa nada mais que camisa polo branca, tem cabelos curtos e simples, não usa nenhuma maquiagem. O fato de a personagem ser tanta coisa assim, só mostra a complexidade das suas personagens, o Estudio Madhouse não deixa pra trás a maturidade nas produções, retratando como é de fato na vida real.

NOTA IMDB

Liberdade, Igualdade e Fraternidade

A complexidade e instabilidade humana me levam a crer que não sou alguém, e que não daria a mesma resposta se a mesma pergunta me fosse lançada (Quem é você?)

Hoje poderia responder uma coisa e semana que vem outra totalmente diferente porque para o ser humano e as ocasiões da vida fazem, com que ou eu reafirme meus valores ou que eu mude-os. E também não somos nada, porque nós respondemos a esta pergunta comparando-nos a outras pessoas, usando classificações, como ‘romântico’. Logo, sem os outros não saberíamos quem somos.

Mas o que somos mesmo é só isso? Comparações e adjetivos?

Ao elogiar alguém de inteligente, será que minha impressão foi transmitida? Será que a definição de inteligente escrita no dicionário, é a mesma que eu quero dar àquela pessoa?

Se eu conviver com essa pessoa será que não existirão momentos em que irei questionar sua inteligência? Isso provavelmente ocorre, porque ninguém é 100% algo, assim como ninguém tem certeza 100% dos sentimentos ou das decisões. Assim como a vida não é linda nem é feia, as pessoas não são uma coisa OU outra, e sim várias simultaneamente. Existem contextos e o olhar humano que ao incidir naquele instante tem uma impressão da situação.

Será que eu poderia dizer que houve um retrocesso até hoje? Onde o homem tinha três características que deveriam ser mantidas pelas leis: Igualdade, Liberdade e Fraternidade; que são puramente interligadas quando se vive na sociedade, mas que não funcionam para todo mundo.

Até aquele ditado que diz: “A minha liberdade termina aonde a do outro começa” é falho. Porque mesmo em sociedade podemos ser livres, mas existem consequências. Se a liberdade de todas as pessoas evoluísse juntas, como um casal de namorado, onde o homem faz algo e a mulher tem direito a fazer o mesmo.

Mesmo que alguns humanos odeiem a fraternidade, são forçados a tê-la. Primeiro porque o que o outro faz me atinge, e vice versa. Mesmo que não nos importamos com alguém, somos hipócritas em importar-se, para que não nos atinja, porque somos egoístas.

Como havia dito, acredito que haja esse retrocesso porque somos vistos como coisas por nós mesmos. Podemos ser comprados, explorados. Somos palavras isoladas para um dono de mercado. Somos um consumidor para a coca-cola. Somos um empregado para o chefe. Um número para o governo e suas estatísticas.

Isso por conta da individualidade. Nós somos esta concepção, quando vamos almoçar e o pedido vem errado, vemos o garçom como mal profissional, apesar de aquela vez poder ser a primeira dele, e ele ter perdido o pai no dia passado. Dizemos que nunca mais voltaremos àquele restaurante, porque pensamos que por pagar, eles não podem errar. Assim isso se reflete em nós mesmos, por isso tudo é tão pressionado para nós também, por pressionarmos os outros.

Imagem do filme Na natureza selvagem.

 

 

Eluveitie – Helvetios

Eluveitie é uma banda de folk metal com elementos de melodic death metal formada em 2002 por Chrigel Glanzmann. Logo em 2003 lançaram seu EP “Vên”, mas só em 2006 gravaram seu primeiro álbum de estúdio “Spirit” que definiu melhor o estilo da banda, totalmente próprio. A mistura dos elementos é muito rica, com vocais rasgados, guturais, femininos, violinos, hurdy-gurdy, gaita de fole, flauta sem contar os principais instrumentos do estilo como baixo, guitarra, bateria. A banda investe bastante na cultura céltica e gaulesa e algumas músicas são cantadas em gaulês. As letras são baseadas em textos escritos em gaulês sobre evocação de espíritos e de deuses. O nome “Eluveitie” vem da tradução etrusca de “Helvetios” da língua céltica que se refere ao habitante da cidade de Mantua (300 a.C.).

Ano:  2012

País:  Suíça

Membros:

Sime Koch – Guitarra, Mandola
Pade Kistler – Diversas Gaitas de Fole
Anna Murphy – Hurdy Gurdy, Vocal
Chrigel Glanzmann – Vocal, Tubos Uilleann, Harpa de bardo, Mandola, Bodhrán
Kay Brem – Baixo, Voz de Caesar em “Havoc”
Meri Tadic – Violino
Ivo Henzi – Guitarra
Merlin Sutter – Bateria

Comentário:

“Helvetios” é o quinto álbum da banda. É o segundo conceitual e foca nas guerras gaulesas da perspectiva do ancião Helvetii. Assim como nos lançamentos anteriores, a banda procura sempre espalhar bem os sons mais vibrantes, intercalando com “discursos” como na “Scorched Earth”. Creio que a intenção dos músicos não é apenas mostrar sua música e mas também sua cultura que parecem se orgulharem tanto. A música folk é exatamente isso, mostrar sua própria cultura, cantando dos mais diversos e estranhos idiomas. Ainda que Eluveitie canta esmagadoramente mais em inglês.
Um fato que houve com a banda é que perdeu um pouco da velocidade na bateria comparado ao “Vên” e o “Spirit” (primeiros lançamentos) e foi positivo isso. Destaca mais os outros instrumentos (não que não tinham seus destaques antes). A gaita de fole, o hurdy-gurdy e o violino tem um destaque impecável, a forma como entram e saem é totalmente harmonioso. Destaque para a bela atuação no vocal feminino de Anna Murphy nas faixas “A Rose for Epona” e “Alesia” e destaques gerais para “Helvetios”, “Neverland” e “Uxellodunon”.
Enfim, a banda evolui a cada álbum, sempre inovando em algum aspecto. Um dos grandes discos até então de 2012.

01. Prologue
02. Helvetios
03. Luxtos
04. Home
05. Santonian Shores
06. Scorched Earth
07. Meet The Enemy
08. Neverland
09. A Rose For Epona
10. Havoc
11. The Uprising
12. Hope
13. The Siege
14. Alesia
15. Tullianum
16. Uxellodunon
17. Epilogue

Tamanho:  108 MB